November 16, 2022

A ratoeira oferece sempre queijo gratuito

 


O capitalismo esclavagista e selvagem destes bilionários é muito idêntico ao do regime de Estaline, apenas com a diferença que o esclavagista agora tem uma IA para controlo dos trabalhadores e no estalinismo eram os outros trabalhadores que faziam esse serviço.
Os soviéticos faziam isto da seguinte maneira: organizava-se um concurso entre os trabalhadores de uma fábrica... de tijolos, por exemplo. Escolhida a data, os trabalhadores competiam, por um prémio (a ratoeira oferece sempre queijo gratuito), para ver quem construía mais tijolos nesse dia. O número de tijolos do vencedor era depois afixado na fábrica e passava a ser a meta para todos, independentemente da idade, da força, etc., de maneira que, a partir daí, quem ficasse abaixo da meta corria sérios riscos de punição. O sistema da Amazon aqui descrito nesta audição é idêntico em tudo, excepto que agora a meta é uma norma determinada por um algoritmo a partir de dados recolhidos de uma pulseira nos trabalhadores, que controla o seu ritmo do trabalho.
Estes bilionários que vivem de acumular patologicamente dinheiro sem querer saber dos trabalhadores de quem abusam, despedem, retiram direitos de pausa, de ir à casa-de-banho, de expressão, etc., um dia hão-de ser vistos como o que são: predadores esclavagistas, pessoas sem escrúpulos e de moral muito duvidosa.

Esta audição é inequívoca e mais claro que isto não se pode ser. E os governos que compactuam com estes predadores são cúmplices destes esclavagismos, digam o que disserem. O entrevistado aqui, parece um político quando tenta a todo o custo esconder a verdade atrás de discursos de enganar tolos. O entrevistado é o chefe da política da Amazon na Europa.

Outra coisa que se nota neste pequeno vídeo é que o entrevistador é um 'deputado' que representa constituintes. Um trabalhador foi ter com ele, reportou a situação e pediu ajuda e ele organizou uma audição para representar o constituinte e responsabilizar a empresa. Em Portugal isto nunca aconteceria porque os deputados não nos representam, representam o partido que é quem os escolhe. O povo aqui não tem representação, a não ser por sorte: a sorte de algum deputado ter um lampejo de consciência e um grão de coragem. Por aqui, até mesmo um ex-governador do BP corre riscos em falar sem o aval do chefe do governo, AKA, dono da AR.


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