Por uma razão ou por outra a educação é um bem moribundo neste mundo

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O órgão de comunicação social russo independente Verstka ("Layout") publicou uma peça notável sobre o feito devastador que a mobilização está a ter nas escolas da Rússia. Milhares de professores foram recrutados ou fugiram, levando as escolas à beira do colapso.
Verstka relata que numa escola privada de São Petersburgo, 80% do pessoal docente partiu ou vai partir, devido a eles próprios ou aos seus parceiros estarem a ser mobilizados ou a fugir para o estrangeiro para evitar a mobilização. A escola vai, provavelmente, encerrar.

Em algumas escolas, foram entregues aos professores avisos de mobilização em frente de toda a turma. Os 'professores estrela' não foram poupados. Um deles recebeu o título de "Professor de Honra da República de Bashkortostan" e foi mobilizado no dia seguinte.

O chefe de um sindicato de professores diz que disciplinas inteiras desapareceram do currículo porque não resta ninguém para as ensinar. "Em muitas escolas, perderam-se até 100-120 horas de ensino por semana, sem ninguém para as substituir". Os novos professores também não estão disponíveis.

O sindicato apelou ao governo para isentar os professores da mobilização. "Dezenas de escolas perderam todos os seus professores masculinos, incluindo os directores. Milhares de crianças em idade escolar ficaram sem professores. Não há ninguém para os substituir".
Num esforço para salvar o seu professor de história da mobilização, as crianças de uma escola escreveram uma carta ao chefe do governo regional: "Estamos certos de que o nosso professor se envergonhará do nosso apelo a vós, uma vez que ele é um homem de verdade e está pronto a participar nas hostilidades ... "
"Acreditamos que o seu posto militar é um campo de professores ... Na mesa do professor, ele ganhará mais vitórias trazendo amor e patriotismo para a pátria para as massas". O apelo chamou a atenção da chefe da RT Margarita Simonyan e o professor foi autorizada a regressar.

Mesmo antes da guerra a Rússia já tinha falta de 250.000 professores. Os deputados da Duma pediram ao Ministério da Defesa que isentasse os professores do ensino básico e secundário da mobilização. Ele não respondeu e é provável que se oponha à ideia.