Dizer que são as sanções à Rússia que prejudicam os povos da Europa seria como eu dizer que a quimioterapia, a radioterapia ou a imunoterapia é que prejudicaram a minha saúde. Pese embora estes tratamentos, de facto, tenham tido e continuem a ter efeitos secundários negativos na minha saúde, o que a prejudicou foi o cancro e sem esses tratamentos, esse imperialista já se tinha invadido todo o território do meu corpo e já estava morta.
Não são as sanções que prejudicam a Europa, quem prejudica a Europa é a guerra que Putin faz à Ucrânia (não a "guerra da Ucrânia", como diz J. Ferreira, como se a guerra fosse da autoria da Ucrânia), aliás na sequência da guerra que já fez a outros países do Báltico, sempre com o apoio tácito do nosso PCP, que não consegue aceitar que Putin é um fascista imperialista que quer dominar pelas armas metade da Europa. As sanções são o tratamento, infelizmente com efeitos secundários graves, para impedir a morte da Ucrânia, de outros países do Leste e a entrada do mundo numa época sombria de ditaduras de opressão.
Não deixa de surpreender como até os comunistas mais novos se prestam consistentemente a defender ditaduras.
Para se lutar contra o capitalismo predatório que cresce no mundo e que os comunistas adesivam aos EUA, não é necessário defender fascistas bélicos como Putin. Seria como um doente oncológico, para evitar os efeitos secundários nefastos dos tratamentos de quimioterapia e rádio, defendesse ser melhor o deixar o cancro espalhar-se e matar a pessoa.
João Ferreira: “A vida está a dar razão ao PCP: sanções à Rússia prejudicam povos da Europa”
O dirigente comunista diz que as medidas anti-crise do PS são da mesma natureza que as do PSD. Dizer que o PCP apoia a guerra na Ucrânia “é uma vergonhosa calúnia”.
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