Em vez de se discutir o assunto em questão diz-se que os críticos são moralistas que querem que os políticos sejam santos, o que naturalmente é impossível. Este indivíduo pergunta, com pseudo-inocência, 'qual é o mal dos parentes de ministros ganharem concursos e fundos enquanto eles são ministros? Estão proibidos de concorrer?' Esta pergunta faz lembrar a de outros que a propósito dos directores passarem a escolher quem querem na sua escola também argumentam que os críticos são pessoas que duvidam da honestidade dos decujos.
Uns e outros fingem esquecer que em democracia os concursos têm regras e critérios de isenção, justamente porque sabemos que as pessoas do poder têm a tendência a querer mais poder e pessoas que os sustentem nesses propósito. São medidas de higiene para evitar a porcaria. De maneira que é obvio que o problema não está em os parentes dos dirigentes políticos concorrerem a concursos, o problema está em os organismos dos concursos não terem, nem critérios, nem cargos independentes dos políticos. Muito antes pelo contrário e, este PS tem sido o campeão de retirar critérios de isenção a tudo quanto possa por em causa o favoritismo clientelista, usando o que chamamos 'leis alfaiate', feitas à medida dos seus desejos, para poder prevaricar e alegar que a lei não impede.
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