Ou nem sequer os tem. Não se interessam por se informar e actualizar acerca dos assuntos ou vão informar-se apenas nas redes sociais, não têm hábitos de pensar em termos de consistência de padrões ou de procura de fundamentos racionais para as suas ideias. Não fazem revisões racionais dos seus princípios e/ou dogmas. Como se infere a partir destas declarações, a única maneira de acabar com o regime de Putin é derrotar Putin nesta guerra que ele desencadeou, porque enquanto o povo pensar que Putin tem hipóteses de ganhar a guerra e fazer a Rússia great again, ninguém fará nada de significativo contra ele dentro da Rússia e preferem fugir a enfrentá-lo. Os russos, mesmo os que fogem, não estão a favor da Ucrânia nesta guerra, estão é contra terem que arriscar a vida. Putin tem esta narrativa do Ocidente estar decadente por causa dos anos de paz e prosperidade e já não conseguir aguentar dificuldades ao contrário dos russos que supostamente aguentam tudo (os russos ainda vivem mentalmente no tempo do cerco de Leninegrado), mas ele mesmo e a sua sociedade de fugitivos é que são o exemplo disso: ele não abre mão dos luxos do poder e da sua vida privada, envia os outros para a morte enquanto se refugia no luxo e a sociedade que criou foge, tanto de lutar na guerra como de lutar contra ele. Não aguentam dificuldades. Veja-se o contraste com as iranianas. Os ucranianos mostraram ser o oposto de fracos e decadentes e os países do Báltico mostraram ser capazes de sacrifícios para lutar contra a ditadura de Putin. Quem mais está como ele são os alemães de Leste, aqueles que foram comunistas convictos durante parte da sua vida e não querem desfazer os laços com o paizinho russo.
Sevastopol women are asked about mobilisation. This woman says she is worried about her son, but it's fine since she has another one. Insane place. pic.twitter.com/ZI2soAqhn9
— Dmitri (@wartranslated) September 28, 2022
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