«Cantognake» -lê-se, cható-ganá-kê- é uma palavra dos nativos americanos da tribo dos Lakotas a que pertencia Sitting Bull.
Denomina o acto de pararmos e guardarmos o momento em que estamos -que pode ser uma vivência ou a contemplação de uma paisagem, etc.- na memória e no coração, de um modo consciente, para poder mais tarde recorrer a ele. Trata-se, portanto, de parar e tirar um retrato visual e emocional.
Li sobre esta palavra num filme e despertou-me a atenção porque desde criança -a primeira vez com sete anos- que pratico «Cantognake», só que não sabia que isso tinha um nome.
A última vez que fiz isso foi este ano quando fui ouvir o Concerto do Imperador de Beethoven, tocado por Elisabeth Leonskaja, na Gulbenkian. Enquanto o ouvia e depois enquanto a orquestra tocava a peça seguinte estive a guardá-lo visual, auditiva e emocionalmente na memória e no coração. Não uso essa memória com frequência para não lhe gastar a frescura e a força.
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