August 16, 2022

Solução do ministro para resolver a crise da falta de professores: desvalorizar ainda mais a profissão





Abrir a profissão a qualquer um sem nenhuma especialização. Para que há-de alguém escolher fazer uma especialização na docência se não é preciso e basta ter feito uma licenciatura bolonhesa -o equivalente a um antigo bacharelato- para trabalhar como professor? E se mesmo assim não se arranjam professores, desvalorizamos um bocadinho mais: está no primeiro ano de faculdade e teve uma cadeira de estatística? Vá dar aulas de matemática ao 12º ano. 

Este ministro é o Bolsanaro ou o Trump da educação em Portugal. E o primeiro-ministro já deve andar a ver catálogos de propriedades no estrangeiro lá na sua courela, não querendo saber se a horta do tipo ao lado anda a pegar fogo ao país. 

Ministério da Educação está a alterar habilitações exigidas para dar aulas

A alteração ao despacho para habilitações para a docência de licenciaturas pretende olhar para o percurso formativo dos candidatos e não à habilitação própria para a docência. Alargando o leque de potenciais candidatos.

5 comments:

  1. Bom, qualquer um de nós pode lecionar quase tudo, assim sendo. Só que não é bem assim.

    Não sei se já teve essa experiência, mas em vários agrupamentos, como o meu, vários professores vão coadjuvar colegas de outros níveis de ensino. No meu caso, vou ao primeiro ciclo. Ora, alguém pode pensar qie quem anda há 30 anos a ensinar Pessoa e Camões aos pré-universitários, facilmente ensina o bê-á-bá a crianças de 6 e 7 anos. Errado! Desde logo é necessário fazer uma desaprendizagem , que começa na forma como dialogamos e chegamos até aquela faixa etária.

    Considerar que alguem, só porque teve a cadeira X na faculdade, está habilitado a entrar numa sala e a ser professor é um retrocesso de 40 anos pelo menos.

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  2. O primeiro ciclo é o nível mais importante de ensinar. E não deve ser nada fácil.
    Beatriz

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  3. Este ministro como se diz em português corrente, "é um verbo de encher, um pau mandado" que não tem uma ideia da qual se diga "benza-te Deus". E eu que gostei da sua cara e tinha alguma esperança, quase logo logo compreendi a nulidade do sujeito. Fará sempre o que lhe ordenam.

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  4. Acho que ele não é mandado por ninguém. Sempre fez o que quis. Mesmo no tempo em que era SE, já era o ministro.

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  5. De certa forma, ser pau mandado ilibava-o. Se for como diz, tem toda a responsabilidade.

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