Mas nestes tempos em que vivemos estas são as pessoas consideradas, 'necessárias', ao país.
Ao mesmo tempo, exige-se um divórcio crescente entre governados e governantes, seja pelos critérios de seleção destes, seja pelas exigências de comportamento que lhes são feitas... desde quando se exige tal coisa? Só uma pessoa lerda é que presume tal coisa. É justamente o oposto: queremos que os políticos sejam seleccionados por mérito como os outros cidadãos e não por cunha e favores e, quanto ao comportamento, só gostávamos que fossem pessoas decentes, se possível com um mínimo de competência.
Isto porque se presume que governará melhor quem tiver uma vida quotidiana mais próxima da que têm a maioria das pessoas. Só uma pessoa lerda é que presume tal coisa. Uma pessoa inteligente, informada e culta não precisa de ser sapateiro para compreender as dificuldades dessa profissão.
A vida normal dos políticos
Maria de Lurdes Rodrigues
A vida normal dos políticos
Maria de Lurdes Rodrigues
Fala-se hoje muito de uma crise de representação nas democracias. Ao mesmo tempo, exige-se um divórcio crescente entre governados e governantes, seja pelos critérios de seleção destes, seja pelas exigências de comportamento que lhes são feitas. Paradoxo? Sim, e perigoso para a saúde da democracia.
De quem governa, espera-se proximidade dos governados. Isto porque se presume que governará melhor quem tiver uma vida quotidiana mais próxima da que têm a maioria das pessoas. Ter uma vida tão "normal" quanto possível seria condição para perceber e representar melhor os interesses e aspirações de quem é governado. Porém, na avaliação pública, aquela proximidade é penalizada e exige-se dos políticos a normalização da excecionalidade.
De quem governa, espera-se proximidade dos governados. Isto porque se presume que governará melhor quem tiver uma vida quotidiana mais próxima da que têm a maioria das pessoas. Ter uma vida tão "normal" quanto possível seria condição para perceber e representar melhor os interesses e aspirações de quem é governado. Porém, na avaliação pública, aquela proximidade é penalizada e exige-se dos políticos a normalização da excecionalidade.
Que proximidade manteve este pedaço de [...] com quem governava, isto é, os professores?
ReplyDeleteQuem defecou um sistema de avaliação que, depois, quando aplicada a si, considerou demasiado burocrática e se recusou a fazê-la?
Esta senhora dá asco e fico-me por aqui, para não ser profundamente desagradável e mal educado.
Não sou capaz de discordar :)
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