A marca Payless, uma marca de sapatos barata, um dia resolveu pregar uma partida aos nova-iorquinos. Abriu portas numa loja do género 5ª Av. a que chamou Palessi e anunciou promoções numa campanha de abertura de loja de marca de luxo. Os sapatos que vende normalmente a 30 dólares eram vendidos, nesse opening, a 500 ou 600 euros. Tudo se vendia. Depois disseram às pessoas que era uma partida e elas não queriam acreditar. Devolveram o dinheiro às pessoas e até as deixaram ficar com os sapatos, mas a questão é que elas os compraram àqueles preços.
Esta foi uma maneira da marca falar a verdade com uma pequena mentira e mostrar o que se passa hoje-em-dia no mercado do luxo. Uma marca pega numa camisola de 30 euros que viu, por exemplo, numa cidade portuguesa e depois vende-a com o seu logotipo por 700 dólares. E não é só nas roupas que isto se passa, é em tudo: na habitação, na saúde , nos produtos de cosmética e em todo o lado, o que não falta por aí é gato por lebre. Mas as pessoas compram porque querem muito ser identificadas com certos estilos de vida e há um certo tipo de capitalismo predatório, muito desonesto, que destrói tudo.
Payless shoes once set up a fake luxury shoe store called Palessi to see if people would pay luxury prices for discount shoes pic.twitter.com/SL1cDVh8fb
— H0W_THlNGS_W0RK (@wowinteresting8) August 26, 2022
Eu, muito raramente, compro roupa de marca. Não sou exibicionista e não estou para pagar um balúrdio por uma peça qu, às vezes, é produzida por alguém que recebe um ordenado de miséria.
ReplyDeleteUmaMaria
Eu prefiro comprar roupa boa que dure em vez de comprar roupa que depois de três uma vezes à maquina está boa para ir para o lixo, mas também não estou disposta a dar dinheiro à toa. Quando quero alguma coisa perco algum tempo a procurar aquilo que quero sem ter que pagar uma fortuna. E detesto roupa com as marcas à vista, a não ser que seja uma coisa muito discreta.
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