E das águas navegadas o sonho do espaço brotou
Nas constelações reluzentes e líquidas
Das heras escuras do tempo.
Mas o homem parece no casulo ainda
A seiva coalhada esmorece
E está perdido a escorrer no espaço-tempo
Na braçada sobre o fecundo oceano que morre.
Revolta o lar dos que o ensinaram a navegar
Os que ensinaram os pássaros a voar.
Brilhantes os dorsos das baleias
Os dorsos dos barcos: Árvores sonhadoras
Mas tudo o mar consome
Quando a história é um sonho em que o homem não crê
E sonolento sobe aos cumes dos astros
Mergulha nos abismos subaquáticos
À espera da mão terna do sono
Com o conforto da sua história.
— Tomás Sottomayor
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