Enquanto os países não desistirem de ter o controlo do planeta será difícil acordarem princípios de respeito mútuo que levem a compromisso estáveis em vez de declarações inconsequentes.
A eleição de Biden foi anunciada como uma era de uma "presidência climática", mas as decisões parlamentares e judiciais têm sido um bloqueio
No acórdão 6-3, apoiado pela maioria dos juízes de direita, o Supremo Tribunal não negou completamente a capacidade da Agência de Protecção Ambiental dos EUA (EPA) para regular as emissões das centrais de carvão. Mas tomou o partido dos estados liderados pelos Republicanos ao afirmar que o governo não podia estabelecer planos amplos para desviar a produção de electricidade do carvão devido à nebulosa "doutrina das grandes questões" que exige que o Congresso decida explicitamente sobre mudanças significativas para a economia dos EUA.
"O tribunal nomeia-se a si próprio, em vez do Congresso ou da agência especializada, a decisora em matéria de política climática", escreveu a juíza Elena Kagan, numa opinião dissidente invulgarmente contundente. "Não consigo pensar em muitas coisas mais assustadoras".
Al Gore, o antigo vice-presidente dos EUA disse que a decisão foi o "resultado de décadas de influência e coordenação pelo lobby dos combustíveis fósseis e seus aliados para atrasar, obstruir e desmantelar o progresso no sentido de soluções climáticas".
Para Biden, que chamou à decisão "devastadora", a decisão do tribunal é apenas o último choque esmagador ao que foi facturado como uma "presidência climática" quando ele foi eleito para a Casa Branca.
A legislação de referência para reforçar a energia limpa parou no Congresso, em grande parte devido à oposição de Joe Manchin, um democrata centrista que tem uma empresa de comércio de carvão. Os EUA são praticamente o único país, entre as grandes democracias, a não ter ainda uma política nacional em matéria de clima ou energia.
A promessa de Biden de acabar com a perfuração de petróleo e gás em terras públicas não foi cumprida e a invasão russa da Ucrânia fez saltar os preços da gasolina, levando o presidente a incitar as companhias petrolíferas a aumentar a produção, para horror dos defensores do clima.
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