May 08, 2022
Coisas boas para o Ambiente e a preservação das espécies marítimas
A maior área protegida do Atlântico Norte
A zona protegida das Selvagens, que assinalou em 2021 os seus 50 anos classificada como reserva, passou de 97 quilómetros quadrados de mar protegido para 2677 quilómetros quadrados de área marinha com protecção total. É uma das maiores áreas protegidas do mundo, e a maior do Atlântico Norte.
Até agora, a reserva, a mais antiga do país, estava delimitada pela barimétrica dos 200 metros, abrangendo toda a aérea terrestre das ilhas Selvagem Grande e Selvagem Pequena, do Ilhéu de Fora e de outros pequenos ilhéus adjacentes. Com o regime jurídico agora promulgado, a protecção estende-se até às 12 milhas náuticas a partir da linha da costa. Dentro deste território, todas as espécies passam a estar totalmente protegidas de qualquer actividade extractiva, como a pesca ou a exploração de inertes.
Além do aumento do tamanho dos peixes (+28%), da sua densidade (+166%) e da diversidade de espécies (+21%), o governo madeirense aponta também vantagens económicas, como o aumento dos stocks de pesca nas aéreas circundantes. “Estudos indicam que a biomassa das espécies comerciais no interior de uma área de protecção total, bem implementada e bem gerida, cresce (+446%), quando comparada com as restantes áreas”, indica a secretaria regional ao PÚBLICO.
Já em Dezembro de 2020, a Madeira tinha incluído o edifício vulcânico das ilhas Selvagens na Rede de Monumentos Naturais da região autónoma, englobando a parte emersa (as ilhas Selvagem Grande e Selvagem Pequena) e os pedestais vulcânicos submarinos, que se desenvolvem a partir dos 3200 metros de profundidade e se separam aos mil metros de profundidade, até à superfície. É esta singularidade, fundos marinhos de profundidades variáveis, no meio do Atlântico, protegidos de poluição e acção humana, que explica a diversidade e a importância daquele ecossistema, que é uma espéciede aquário gigante no meio do oceano.
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