May 25, 2022

Até as palavras faltam

 


O ME tem um ódio que nem disfarça aos professores porque... sei lá, é uma pessoa intelectualmente desinteressante. Diz ele que os professores não foram formados para lidar com a diversidade. Então foram formados para quê? Que sabe ele da formação de professores ou dos professores que existem nas escolas? Só fala com sicofantas e amanuenses. O indivíduo dá aulas na Universidade Nova, uma escola onde só vão parar os bons alunos, nunca na vida teve que lidar com alunos difíceis, de meios carentes, com problemas sociais complexos, adolescentes, mas vem dizer que os outros é que não têm experiência de lidar com a diversidade. 

Metade dos professores estão irritados, diz. Pois estão, e porque pensa que é? Porque no ME só há dirigentes incompetentes, comprometidos e pessoas como este ministro que não tem respeito nem consideração pelos professores, não percebe nada de educação (vê-se pela maneira como fala, pelas medidas que toma) e pensa que os 120 mil professores são uma espécie dos seus lobitos escuteiros que vai educar à sua maneira. Chega a ser ridículo nas instruções que manda para as escolas. 

Fez do trabalho da educação uma rotina de escriturários. A educação é  um trabalho académico e criativo e não um trabalho de contabilidade, mas foi nisso que a transformaram. Ele e a Leitão, fiéis alunos da Lurdes Rodrigues, quem iniciou essa prática de fazer dos professores contabilistas das suas sociologias de Estado.

Este ME é uma pessoa extremamente tóxica. Um controlador tóxico. Só sabe ofender e denegrir. Não se lhe conhece uma política positiva. Só negativas: ou de controlo ou de humilhação. E em cima disso tem uma mentalidade anti-científica de senso-comum e fala como se tivesse ido buscar as suas opiniões de educação a uma dessas revistas, Máximas, Sábados e etc. Confunde aulas e aprendizagem de saberes e técnicas com apoio psicológico. 

Compreendo que o primeiro-ministro -este e outros- não perceba do tema da educação e nem sequer saiba perceber quem é que tem um pensamento sobre o tema. Compreendo isso. Desde que a Lurdes Rodrigues foi ministra que a educação é um imbróglio. Tanto na verborreia legislativa incoerente, criada para prejudicar os professores sem querer saber se essa legislação iria colidir com a anterior (lembram-se do fulano a quem ela pagou 300 mil euros e que acabou condenado?) que fez da educação um caos como na sua prática que incentivou um cancro maligno no seio dos professores que nunca mais parou de crescer. Portanto, compreendo isso de os governantes nem saberem quem ir buscar. 

O que já não compreendo é que vão buscar pessoas que não têm nada a dar ou acrescentar na educação (não se lhes conhece nada positivo na área) só porque são professores universitários com um doutoramento numa cena qualquer que não tem nada que ver com educação e porque se chegam à frente cheios de ambição em quererem ser ministros. Desde quando isso é um CV positivo?

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1. “os professores não foram formados para lidar com essa diversidade, o que gera frustração. Foram formados para serem professores de bons alunos. Os professores foram formados para dar aulas só a bons alunos. Era como formar médicos para verem só pessoas saudáveis.”


2. “Metade dos professores sentem-se irritados”

      - Declarações do ex-SE, agora ME


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