Mas sabe que não, a um ponto em que já não aprece que não comece logo a justificar-se, 'tinha que ser'; 'temos que pensar no nosso interesse'; 'os outros são nazis'; 'nós temos que ser vistos como importantes'; 'não tinha escolha', 'foi o melhor para nós', 'os meus motivos eram nobres' e outras irracionalidade do género.
É como dizer, 'aqui na Rússia quem decide e manda sou eu mas... eu agi de modo inevitável, não havia escolha'; ou... 'A Rússia tem o país maior do mundo mas... não chega, para nos sentirmos seguros temos que destruir e engolir todos os nossos vizinhos'; ou, 'A Rússia tem países amigos mas... se não quiserem ser nosso amigos vamos lá e arrasamos tudo e matamos todos até que o povo se torne nosso amigo'. Etc.
Na verdade tinha escolha e escolheu. Primeiro escolheu fazer da Rússia uma ditadura porque queria enriquecer e ficar no poder. Não teve coragem de construir uma democracia. Depois escolheu pôr o seu nome nos livros de História com letra grande, o que não era fácil porque o século dele já lá tinha dois a fazer sombra e como não sabe construir, fê-lo a destruir.
Imagine-se um Trump menos espalhafatoso, muito mais culto, treinado no espírito da espionagem e guerra e aí temos Putin: a Rússia tem que ser grande; o mundo divide-se em fortes e fracos, amigos e inimigos; se não estás comigo estás contra mim; a democracia é um governo de fracos que discutem muito e fazem pouco; o que não se consegue nos votos há-de conseguir-se pela força; eu tenho de ser o melhor, o mais importante, o mais temido, mesmo que tenha de empurrar os outros para o buraco. Um é aprendiz de fascista, outro é um fascista completo.
O Putin hj: “O que fizemos era inevitável. Era uma questão de tempo. Ajudamos os ucranianos e os salvamos do nazismo e garantimos a segurança da Russia. Não tínhamos escolha. Foi a decisão certa. Não tenho dúvidas de que alcançaremos todos os objetivos.” pic.twitter.com/tuguqMAgwk
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) April 12, 2022
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