April 13, 2022

Não consigo ver as notícias sobre o nosso país

 


E estou deprimida com a situação de termos um país de quase partido único que trabalha para se putinizar eternizar no governo, só para não ter chatices com críticos e agradar aos amigos. Vem aí pobreza (mais), corrupção (mais), desperdício de fundos (mais), dirigentes proto-putinizados (mais). Estou mesmo deprimida com isto de termos de continuar com a maioria das pessoas que puseram o país no atoleiro.



E se Zelensky nos pedir para entrarmos na guerra à Rússia?
Tadeu, um cobarde e um idiota.


Medina entrega OE. "Prossegue a linha das contas certas" Contas certas é = continuação da austeridade à conta de quem tem menos.


Costa diz que há mais 1.200 milhões de euros em apoios para empresas e famílias
  - FACTOS: Reforço salarial previsto para 2023 na função pública não compensa inflação - inflação prevista de 4%, aumentos de 0,9%.


Ou seja, continuam a mentir, continuam com austeridade e quanto a apoios às famílias, refere-se com certeza às famílias dos governantes, dos do partido e dos amigos. O resto do povo que vá morrer longe para não incomodar os do partido único.

---------------

Deixo aqui o artigo de Santana Castilho (excerto) no P. - o que ele diz é verdade e este ministro que não pensa e recorre ao autoritarismo para impor as suas ideias de FB (a escola como oficina de paz e outras parvoíces inconsequentes do género que não constroem paz nenhuma, são só frases infantis) porque não tem competência para ser líder seja do que for. 

1. O programa do Governo não me desiludiu, porque nunca me iludiu. Para o desafio enorme de medidas concretas para resolver o desastre anunciado da falta de professores, ficaram propostas vagas. Aos pais ausentes, porque trabalham demais, o Governo oferece creche gratuita. À falta de léxico para expressar o pouco conhecimento que vai passando, o Governo opõe a vida virtual da escola digital.
(...)
2. Respondendo a Cotrim Figueiredo, que acusou o Governo de falta de um programa reformista para o país, António Costa saiu-se com esta: “sabe qual é a grande reforma? É que tínhamos uma taxa de abandono escolar acima dos 13%, e agora é de 5,6%.”
Ou António Costa desconhece aquilo de que falou, o que é mau, ou, conhecendo, mascarou sem pudor a realidade, o que é pior. Concedendo que seja a primeira a hipótese aplicável, sempre lhe direi que a taxa que citou é uma falácia. O número que usou foi calculado tendo por referência os jovens entre os 18 e os 24 anos, que não concluíram o ensino obrigatório e foram procurar trabalho junto do IEFP. Todos os outros, que serão em muito maior número, ficaram convenientemente fora dos cálculos. Isto mesmo reconheceu uma auditoria do Tribunal de Contas (Junho de 2020), particularmente crítica em relação às metodologias utilizadas para determinar o abandono escolar, onde se lê que “não existem, no sistema educativo nacional, indicadores para medir este fenómeno”.
(...)
4. O Ministério da Educação enviou ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e ao Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) uma proposta de alteração da formação inicial dos professores. 
De há muito que a falta generalizada de exigência e rigor vem desacreditando a formação inicial dos professores. Mas sublinhá-la agora serve para justificar a já anunciada intenção de permitir a entrada a quem nada possui, precarizando e desvalorizando, ainda mais, a carreira docente. Nada disto é coincidência, isento ou inocente.
5. À entrada para uma recente reunião de ministros da Educação da União Europeia, em Bruxelas, João Costa disse que as escolas devem ser laboratórios de democracia e oficinas de paz. Falava certamente de outras, que não das que governa. Essas são cada vez mais organizações pouco democráticas (quando não totalitárias), laboratórios sim, mas de experiências pedagógicas sem sentido, viveiros de integração hipócrita, fábricas de falsos sucessos e altares da mais estúpida e castradora burocracia. As escolas portuguesas são hoje, com raras ilhas de excepção, mundos de venenosos interesses miudinhos e subservientes, onde a vontade colectiva é secundarizada por visões unipessoais.

(...)

No comments:

Post a Comment