Putin chegou ao poder a querer ser um político europeu moderno mas gostava demasiado dos privilégios, amenidades da vida e autoridade a que estava habituado enquanto KGB. Rapidamente percebeu que a democracia é muito difícil para se ter esses privilégios e esse poder sobre os outros. Querendo manter-se no poder para lhes ter continuamente acesso, aos poucos voltou aos velhos hábitos da KGB. Não tem qualidades pessoais para viver em democracia. É claro que ele não quer estar rodeado por países com governos democráticos. São uma ameaça ao seu poder. Tolerou a Ucrânia enquanto tinha lá palhaços corruptos a governar mas assim que apareceu um político a sério sentiu-se ameaçado. Imagine-se os russos olharem para a Ucrânia e começarem a comparar o seu próprio Presidente armado em Ksar a roubar com os amigos cleptocratas e começarem com ideias... Ele quer de volta os palhaços corruptos... Neste momento é um homem envelhecido em fim de tempo a querer manter-se no poder e ficar na História como um Grande. Está cheio de vícios do poder num país como a Rússia, enorme e com um passado recente de muita violência. Talvez ele se tenha convencido, como todos os fracos que ocupam a cadeira do poder, que a Rússia não vive sem ele e que no dia em que sair, a Rússia será tomada pelo Ocidente. Talvez seja apenas uma daquelas pessoas que tendo tido um poder praticamente absoluto e tendo-se visto, durante tantos anos, como um super-homem, (aquelas fotografias ridículas a montar ursos em tronco nu...) um Ksar do século XX, não aguente a perspectiva de ter de afastar-se e ver outro a ter mais poder que ele. Seja como for ele agora não pode dar-se ao luxo de largar o poder, depois de ter transformado o país numa cleptocracia.
É uma figura patética, apesar do poder que tem. Vê-lo dizer que o Presidente da Ucrânia e o seu governo são nazis viciados em droga é patético. Uma figura patética, sem nenhuma dignidade.
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