Quando os miúdos não têm acesso a bens culturais como vídeojogos criam-nos com os materiais que têm. A perícia que é necessária para coordenar os movimentos das mãos sob a mesa com os movimentos dos bonecos mostra bem a capacidade do corpo humano, a força da motivação e a vontade aliada à imaginação. Hoje-em-dia, muito ao contrário das ideias simplistas que por aí correm acerca da escola estragar a criatividade aos miúdos, o que acontece é que eles chegam à escola já com a imaginação e a criatividade embotadas de tanta estimulação de alimentação digital que engolem aos litros desde que nascem para compensar uma vida culturalmente pobre, passada em ambientes urbanos pouco estimulantes. Não têm que esforçar-se para fazer coisa alguma que os interesse ou divirta, nem sequer imaginar, porque a maioria está habituada a que tudo lhe seja entregue como produto acabado que compra, pronto a usar.
🤺 Kids playing their own fighting physics game. pic.twitter.com/8o0XU4pQuJ
— Science Club (@scienceClub01) February 15, 2022
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