As palavras são o maior poder que temos. Nas mãos certas, podem desbloquear e desencadear aspectos do nosso ser que nem sequer sabíamos que existiam. Podem transformar o quotidiano em absoluta maravilha. Podem até servir de portal para um outro mundo. Mas é uma arte reservada apenas a uns poucos. Estes poucos génios escrevinhadores são os verdadeiros mágicos do mundo. Com a poesia e a canção dão matizes à monocromia e fazem música a partir do ruído do mundo.
A boa poesia não significa uma prosa púrpura. Não significa procurar «sinónimos» no seu processador de texto ou envolver a mente numa metáfora desajeitada. Não é uma rima forçada. A poesia deve ser acessível a todos, e deve reorientar radicalmente a forma como se vê o mundo, introduzir a profundidade em si mesmo.
Para Wordsworth, quando a poesia tem êxito, abre os nossos olhos e dirige a nossa atenção para todas as maravilhas do universo.
Coleridge disse que a poesia de Wordsworth poderia "dar o encanto da novidade às coisas de todos os dias e excitar um sentimento análogo ao sobrenatural, despertando a atenção da mente da letargia do costume, e direccionando-a para o encanto e as maravilhas do mundo que temos diante de nós".
Para algumas pessoas, a poesia salta directamente dos ouvidos para o coração e fica lá durante toda uma vida. Fervilha nas suas psiques de cada vez que precisam dela. Para outros, uma certa canção pode sentir-se como se fosse a banda sonora da sua vida, algo arrancado à sua alma. A poesia não muda apenas a forma como se vê o mundo; ela abre novos mundos.
— Mini-philosophy
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