Estou certo de que esta realidade é comum a diversos territórios nacionais, mas não podemos fingir que este tipo de prostituição, em locais ermos, florestais e muitas vezes dominados por redes criminosas, não existe.
Todos sabemos que a prostituição é o fim de linha para muitas pessoas que, perante dificuldades de diversa ordem, muitas vezes financeiras, não vislumbram qualquer outra solução para a sua vida e sustento familiar.
------------------
Deixa cá transpôr este argumento/raciocínio para outras realidades paralelas de crime:
O argumento deste indivíduo é: a prostituição é uma violência a que as mulheres recorrem porque vivem numa sociedade machista e muitas vezes não têm outros modos de sobrevivência e estão dominadas por redes de criminosos, ainda por cima em sítios onde todos as vêem como a beira das matas. Logo, porque não legalizar o crime, já que existe e escondê-lo dentro de portas para não termos que o ver?
---------------
"Perante esta realidade, surge a questão: de que estamos à espera para legalizar a violência doméstica?
Não será certamente a solução para todos os problemas associados a esta prática - longe disso, mas é chegada a altura de deixarmos de ser hipócritas e de fingir que estes fenómenos não existem. Não podemos pactuar mais com uma situação que não é benéfica para ninguém." (as mulheres levam pancada e nós temos que ouvi-las)
ou
"Perante esta realidade, surge a questão: de que estamos à espera para legalizar a pedofilia?
Não será certamente a solução para todos os problemas associados a esta prática - longe disso, mas é chegada a altura de deixarmos de ser hipócritas e de fingir que estes fenómenos não existem. Não podemos pactuar mais com uma situação que não é benéfica para ninguém." (as crianças ficam com a vida arruinada e nós temos que saber dos pedófilos)
Não será certamente a solução para todos os problemas associados a esta prática - longe disso, mas é chegada a altura de deixarmos de ser hipócritas e de fingir que estes fenómenos não existem. Não podemos pactuar mais com uma situação que não é benéfica para ninguém." (as crianças ficam com a vida arruinada e nós temos que saber dos pedófilos)
ou
"Perante esta realidade, surge a questão: de que estamos à espera para legalizar a violação?
Não será certamente a solução para todos os problemas associados a esta prática - longe disso, mas é chegada a altura de deixarmos de ser hipócritas e de fingir que estes fenómenos não existem. Não podemos pactuar mais com uma situação que não é benéfica para ninguém." (as mulheres ficam traumatizadas e nós temos que ouvi-las)
Não será certamente a solução para todos os problemas associados a esta prática - longe disso, mas é chegada a altura de deixarmos de ser hipócritas e de fingir que estes fenómenos não existem. Não podemos pactuar mais com uma situação que não é benéfica para ninguém." (as mulheres ficam traumatizadas e nós temos que ouvi-las)
Bom, essa argumentação serve para todas as questões.
ReplyDeleteOu seja, não justifica nada...
ReplyDeleteBom, o erro de todos consiste em focar-se na prostituição feminina. E a masculina? Não existe! Existe e está disseminada.
ReplyDeleteO articulista tem razão num ponto: a prostituição de luxo, por exemplo, é um meio onde circulam muitas mulheres que estão lá por opção e não querem sair: dinheiro a rodos, luxo, viagens, requinte.
A prostituição masculina existe mas em comparação com a feminina, é residual.
ReplyDeleteAs mulheres estão lá por opção? Quantas prostitutas de luxo -que são um nicho desse mercado- são de famílias com recursos e dinheiro?? Nos EUA; Inglaterra e outros países onde tirar um curso obriga a pagar empréstimos obscenos de dinheiro, muitas raparigas viram-se para a prostituição para conseguirem pagar os cursos. Algumas acabam por ficar nessa vida ou na pornografia porque entretanto caem nas mãos de criminosos.
Em todos os casos -acredito que haja raras excepções que confirmam a regra- a prostituição deriva de sociedades onde as mulheres não têm acesso a empregos, onde são criadas em famílias que as prostituem e abusam delas desde novas e não me parece que a solução para resolver esse problema seja reforçá-lo e pôr o Estado a fazer de proxeneta.
Não sou a favor de criminalizar as prostitutas ou prostitutos mas sou a favor de criminalizar todos os que vivem e se servem da prostituição.
Isso implica criminalizar quem as frequenta, digamos assim?
ReplyDeleteParte da prostituição é, hoje, um negócio, seja na vertente masculina ou feminina.
Não sei se a legalização é resposta ou não; sei que tal lhes daria alguma proteção presente e futura. Há muitos exemplos por aí em sentidos diferentes. É só olhar.
Há mulheres que se pristituem com homens e outras com mulheres; há homens que se prostituem com homens e outros com mulheres. É um universo extremamente complexo que já superou, há muito, a sua visão redutora do problema no que diz respeito às causas.
A minha visão é redutora no que respeita às causas? Proteção? Ahah Onde há prostituição há tráfico de mulheres, há droga e em geral há violência - é um negócio de submissão de seres humanos com violência.
ReplyDeleteSim, eu sei que há muita prostituição gay masculina mas mesmo assim é residual relativamente à das mulheres.
No dia em que a prostituição for um 'negócio' legitimo e normalizado, começaremos, nas escolas, a 'avaliar' o potencial de prostitutas e prostitutos dos alunos? A aconselhar este e aquele a irem para a prostituição? A fazer visitas de estudo a casas de prostituição para se treinarem? E isso a partir de que idade? Quando entram no 10º ano? Chamamos os pais, para dizer que a sua filha ou filho têm futuro como puta/os? Nos centro de emprego o senhor pode ser enviado para trabalhar como prostituto, havendo vagas? Ou a sua mulher como prostituta, havendo vagas? É essa a proteção que defende? “Touche pas à ma pute"?