December 31, 2021

Covid-19 - Graça Freitas faz afirmações inconsequentes



Digo isto à vontade porque sempre fui a favor da vacinação, de se levar a pandemia a sério e, em 2020, no fim de Fevereiro e início de Março, quando o primeiro-ministro e Graça Freitas desvalorizavam completamente a pandemia, estava a preparar-me para ir para casa, caso não encerrassem as escolas, dado o meu problema de saúde e a gravidade da situação. 

É tendo em conta todos estes factores que reitero que Graça Freitas faz afirmações inconsequentes quando diz que "Se for possível regressar com confiança, serão retomadas as aulas. Se não, serão tomadas as medidas que serão consideradas necessárias". Alegar segurança para regressarmos às aulas, pressupõe que tenhamos andado a dar aulas em segurança, o que não é verdade. Estamos em salas de aula com 30 alunos que não fazem parte do nosso núcleo de contactos de proximidade.

Há diferenças relativamente a 2020 que é sabermos mais sobre a propagação do vírus, estarmos vacinados, termos acesso a máscaras e a desinfectante, sabermos mais sobre a importância da qualidade do ar e de manter alguma distância. Em que é que a nova estirpe do vírus mudou as variáveis existentes? Em nada. É mais infecciosa mas é menos grave para a grande maioria das pessoas.

O que seria importante nas escolas: ter menos alunos por turma (talvez para o ano com outro governo menos cobarde); testar mais vezes, assegurar o arejamento e de resto, manter as regras que têm sido seguidas: máscara, desinfecção, higiene das mãos, alguma distância. O que seria importante nos hospitais: ter mais médicos e mais equipamentos. 

É aí que têm de investir e não em mandar toda a gente enfiar-se em casa. Isso fez sentido em 2020, agora já não faz.


A responsável admite que serão tomadas “as medidas que são necessárias” para controlar a pandemia de covid-19.

A diretora-geral da Saúde, Graças Freitas, considerou, na noite de quinta-feira, ser “prematuro dizer” que as medidas implementadas no período de contenção – entre 25 de dezembro e 9 de janeiro – “vão cair todas a 10 de janeiro”.

"Não podemos baixar a guarda perante este vírus. Não me parece uma boa ideia retirar todas as medidas de contenção, porque não queremos concentrar muitos casos no mesmo período", alertou, em entrevista à CNN Portugal.

"Se for possível regressar com confiança, serão retomadas as aulas. Se não, serão tomadas as medidas que serão consideradas necessárias", afirmou, acrescentando: "Vamos ver".

Graça Freitas deixou ainda um apelo para que os pais vacinem os filhos, sublinhando que “vale a pena vacinar crianças para a proteção das próprias crianças” e que “a vacina é eficaz e segura”. Contudo, frisa que as crianças que não forem vacinadas não serão discriminadas.


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