Agora estava a ler esta notícia sobre um ataque-de-orcas-perto de Tróia, quando fui dar com esta frase, Contactado pela agência Lusa, o capitão do porto de Setúbal, Alcobia Portugal, disse... Bem, achei piada e fui ver quem é este Alcobia Portugal. Fui dar à notícia da sua investidura que tem o nome completo, Paulo Jorge P. Alcobia Portugal. Mais um Jorge Alcobia. Ahah, tem piada e talvez não seja coincidência.
Alcobia é um toponímio. É uma terrinha, ou melhor, um lugarejo, perto de Ferreira do Zêzere. É tão pequeno que não se encontram imagens na net (já passei por lá uma vez, por curiosidade, aproveitando estar perto dali) e tem basicamente duas ruas: a Rua Principal de Alcobia (chama-se assim ahah) e a Rua da Fonte Alcobia.
A fonte de todos os Alcobias (que são poucos, 4.663, no mundo - estando a maioria em Portugal) é esta terra. Todos os Alcobias se podem traçar até um antepassado comum desta terra. De modo que somos todos parentes, mais coisa menos coisa. O primeiro Alcobia de que há registo, aparece na enciclopédia Luso-Brasileira e era um poeta, do século XV, que fazia poemas para a rainha... O apelido esteve quase a desaparecer em resultado de casamentos e muitos Alcobias transformaram-se, por assim dizer, em Cunhas, Mansos, Colaços, Vasconcelos, etc.
O meu avô Alcobia, que era um proprietário da Chamusca, contava que no tempo do pai dele, quem nascia em Alcobia, sendo rapaz, ficava Alcobio e sendo rapariga, Alcobia, mas depois passaram a ser todos Alcobia. Ainda conheci um Alcobio, um primo afastado do avô. Também Paulo Jorge. E tenho outro primo do lado da avó Jorge que também é Paulo Jorge.
Naquela zona ribatejana há muitos Jorges e Alcobias, sendo Jorge também um apelido e que há muito por ali. A minha avó, mãe do pai era Jorge de apelido (Maria Jorge, Alcobia depois de casar com o avô) e é por isso, porque o meu pai quis que ficássemos com o nome dela, que somos todos Jorge de segundo nome próprio.
Enfim, mais um Jorge Alcobia. Tem piada.
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