Eras sem destino como o vento.
Ou os pássaros exactamente.
Sob o abismo do silêncio a imensidão
das sombras é como estrume.
Ou a pureza dos pastores.
Diante da chuva o medo cresce
como o bosque inacessível.
Mais tarde, destinaste à morte
um relâmpago de tristeza.
E a serenidade das sementes.
— Jorge Velhote / 2018
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