Essential Oils—are wrung—
The Attar from the Rose
Be not expressed by Suns—alone—
It is the gift of Screws—
The General Rose—decay—
But this—in Lady’s Drawer
Make Summer—When the Lady lie
In Ceaseless Rosemary—
— Emily Dickinson
Este poema, talvez melhor do que qualquer outro, resume a teoria poética de Dickinson. A lição da sua primeira estrofe é que existem verdades essenciais ("Óleos") na natureza que não se comunicam automaticamente à maioria das pessoas; em vez disso, devem ser destiladas da natureza, como o attar é destilado ("expresso", ou pressionado) numa prensa, pela acção consciente de uma pessoa com um dom particular - ou seja, um poeta.
No entanto, como a segunda estrofe do poema deixa claro, a arte de escrever poesia é superior não só à do destilador de attar, mas também à do próprio Deus que criou a rosa. Pois uma rosa verdadeira decairá quando o Verão passar; mas uma rosa que existe num poema específico, neste poema - preservará em si, para sempre, o Verão, mesmo que permaneça na gaveta do poeta, onde ninguém a verá.
A poeta pode estar morta e enterrada, descansando numa sepultura debaixo de um leito de alecrim, mas porque deixou o poema, deitar-se-á no "Alecrim sem fim" da recordação ("Rosemary: that's for remembrance"-Hamlet).
— by Bruce Bawer in the-audacity-of-emily-dickinson
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