August 21, 2021

Ontem fui ao cinema

 


Ver Respect, um filme que traça a biografia de Aretha Franklin. Estas mulheres, músicas, cantoras, têm sempre umas vidas devastadoras. Aretha Franklin foi violada aos 10 ou 11 anos de idade e ficou grávida. O pai era um reverendo baptista de modo que ela teve o filho. Depois, era um homem autoritário, castrador e violento. Batia-lhe e humilhava-a. O primeiro marido dela batia-lhe. É claro, a certa altura da vida dela quebra e atira-se à bebida e etc. Levou tempo a encontrar a sua voz, independente de todos os homens que a queriam controlar. Os homens e a obsessão pelo controlo e exploração das mulheres.

O filme é bom. Jennifer Hudson representa a personagem de Aretha Franklin muito bem. O pai, o reverendo, é representado excelentemente, por Forest Whitaker. Marc Maron tem uma representação muito boa, também. Está cheio de música boa, claro. Quanto a mim falta-lhe o ambiente da motown que dominava o meio musical negro na época e então parece que está fora do contexto do tempo.

(Já não punha os pés numa sala de cinema há séculos - devíamos estar umas doze pessoas/grupos na sala. Uma por fila. Tinha muitas saudades de ver um filme num ecrã grande de cinema e depois ir jantar num sítio giro e discutir o filme - senti-me um bocadinho na vida pré-pandémica 🙂)


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