Esta articulista vem defender a escola das "Aprendizagens Essenciais". Essa escola ao gosto do catequista residente do ME. O artigo mistura dois assuntos como se fossem um só: a colaboração de disciplinas no trabalho de temas de modo inter-disciplinar e a transformação do ensino numa escola de «expressões», um sítio onde os alunos expressam sentimentos e aprendem palavras como, «amigos», «futuro», «juntos», etc. Estamos a falar de alunos do secundário!
Uma coisa é haver trabalho colaborativo entre as disciplinas à volta de temas, outra diferente é identificar essa metodologia como virtuosa por ser um ensino «fácil» para os alunos onde aprendem aquelas coisas que os pobrezinhos aprendem para depois poderem ser cidadãos obedientes aos censores e seguidores das verdades das comissões de polígrafos e da desinformação dos políticos. Porque os outros alunos, os que têm meios e são de outra classe social, têm outro destino e não se ficam por aprendizagens de expressão de sentimentos.
É a escola do catequista: não interessa que seja boa, interessa é que conquiste as pessoas. Tal como as telenovelas em relação à literatura: são uma porcaria, mas as pessoas gostam e isso é que interessa.
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