August 14, 2021

A linguagem da derrota dos EUA no Afeganistão devia fazer pensar

 


20 anos no Afeganistão e em poucas semanas os talibãs tomam conta do terreno e desfazem tudo o que foi feito. Ainda nem sequer sairam do país. Faltam 15 dias. 

Há países a aceitar afegãos vulneráveis, nomeadamente mulheres em posições de algum comando pois o que as espera é a morte. Ou seja, aquelas pessoas que podiam fazer a mudança das mentalidades no país, uma das grandes bandeiras da estadia dos EUA no Afeganistão, são extraídas à pressa para não serem executadas, de maneira que o falhanço é total e daqui a um par de meses estamos na situação de há 20 anos, mais o ódio aos americanos e ao modo de vida ocidental. Um saldo muito negativo que fala claramente da incompetência dos líderes americanos, em primeiro lugar e ocidentais, em geral.


Ataque dos Talibãs ameaça o esforço dos EUA para salvar aliados afegãos

O rápido colapso da segurança no Afeganistão transformou um esforço americano de construção lenta para salvar homens e mulheres que ajudaram os Estados Unidos numa crise humanitária total, com dezenas de milhares de pessoas ainda à procura de refúgio e potencialmente pouco tempo para as relocalizar


4 comments:

  1. Com os radicais não há diálogo possível. É evidente que ou os EUA permaneciam, ou aquilo colapsava.

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  2. A questão mais importante não é essa, parece-me. A questão mais importante é reconhecer o falhanço de certas iniciativas/estratégias para lidar com certos problemas e procurar outras diferentes, mesmo que se tenha que resolver problemas mais vastos como o apetite incomensurável dos militares por cenários de guerra.

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  3. Para que haja paz, é necessária a guerra.

    A questão é: que estratégias? Que estratégia pode haver para seres que declaram não descansar enquanto o Al-Andalus não for restaurado... com uma diferença: em 711, os árabes não forçaram os peninsulares a aderir ao Islamismo. Enquanto nos entretemos nisto, há milhões a sofrer às mãos daquela espécie de gente.

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  4. Esse radicalismo do Daesh surgiu por causa das invasões constantes dos EUA e outros no Médio Oriente por causa do petróleo.
    Em 711 os peninsulares não aderiram ao islamismo. Conviveram lado a lado até à altura em que já não quiseram conviver.
    E haver pessoas a sofrer não é um argumento de guerra, sobretudo se a guerra só traz mais sofrimento e nenhuma solução ou alívio.

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