“É uma iniciativa que procura transformar a escola para que esta deixe de ser uma indústria. As crianças trabalham cada vez mais e a escola não pode ser o trabalho infantil do século XXI", aponta.
— O psicólogo Eduardo Sá em entrevista à SIC Notícias.
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Quando andei na escola (pública), na altura chamada primária, tinha aulas das 9h da manhã até às 3h da tarde com um intervalo de uma hora para almoço e um intervalo de 30 minutos a meio da manhã. Às 3.30h da tarde íamos para casa da professora (um grupo grande), para um anexo que ela tinha no jardim e estudávamos, fazíamos os trabalhos de casa até às 6h da tarde. Sem intervalo. Tanto nas aulas como depois no estudo, trabalhávamos intensamente, não havia distracções nem brincadeiras. Hoje em dia não se trabalha assim nem pouco mais ou menos. O que não é mau, diga-se de passagem porque aquilo era um regime demasiado formal e adulto e sem nenhuma pedagogia. A professora era horrível enquanto pessoa. Batia a torto e a direito e todos tinham medo dela. No entanto, sabia ensinar. Portanto, tendo em conta que as coisas deviam ser idênticas na maioria das escolas públicas (a experiência dos que conheço da minha idade é semelhante), não é verdade que as crianças hoje em dia trabalham mais e que a escola seja trabalho infantil. Este senhor fala muito como se fosse especialista em educação escolar. Só que não é e vê-se em muito do que diz. Passar muitas horas dentro de escolas não significa trabalhar muitas horas. Significa que a escola se tornou um depósito de crianças.
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