May 27, 2021

segundo a Jéssica, e eu acredito, e as colegas poderão testemunhar, o menino é um bocadinho chato, é imaturo, ele é um bocadinho pica miolos, está sempre a chatear…”

 


A filha tem quase um metro e oitenta, mas como tem 13 anos, a mãe chama-lhe criança. E afinal, a filha acha o rapaz um chato. 

Os pais têm muito que ver com as atitudes dos filhos. Esta mãe justifica o acto da filha (uma calmeirona com mais de 1.75m, adolescente, a quem a mãe chama criança) com características do rapaz que a filha não gosta. Portanto, todos têm que agradar à Jéssica? A resposta da mãe foi tirar 'coisas' à filha. Assim como calculamos que os prémios da rapariga sejam 'coisas'. Portanto, o que tem valor para esta rapariga é o que tem valor para a mãe: as 'coisas' que lhe dão e tiram. Não as pessoas, porque vê-se que a mãe não valoriza o rapaz agredido como pessoa, por ser um chato, na opinião da filha, que a mãe valoriza acima de tudo.

Pais destes são cada vez mais frequentes e justificam tudo o que os filhos fazem, mas tudo mesmo, a partir da 'opinião' que os filhos têm sobre os outros. Filhos esses, 'crianças' durante todo o percurso escolar, mesmo que saiam de lá com 21 anos. 



Mãe de “agressora” reage ao atropelamento de criança vítima de bullying

O vídeo chocante – que optamos por publicar- , mostra imagens de um grupo de alunas de uma escola na Arrentela, Seixal a fazer bullying a um colega, que ia fugindo. Chamavam-lhe nomes e provocavam-no ao pé da Estrada Nacional 10-2. Quando tentava fugir, passou a estrada e foi atropelado.
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O jovem sofreu ferimentos ligeiros e já se encontra em casa. À SIC, falou Cláudia Barata, mãe de Jéssica, uma das intervenientes no vídeo.
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“A minha filha está com a cabeça desfeita em água, está de castigo, retirámos-lhe tudo, não sei se querem que eu faça um vídeo a dar-lhe uma tareia e que ponha nas redes sociais, porque neste momento nas redes sociais é aquilo que acho que pretendem que eu faça, que é gerar violência depois do que aconteceu. Neste momento toda a gente quer a cabeça da Jéssica, querem que ela seja punida e eu não sei o que é pretendem: se é que ela seja crucificada em direto, não faço ideia“.
Tal como já tinha sido noticiado, o caso segue agora para o Tribunal de Menores: “Os pais tiveram direito de fazer uma queixa da PSP, isto vai para Tribunal de Menores, não sei porque é que não aguardaram o final da história. Preferiram meter nas redes sociais, que isto fosse para a televisão, para que toda a gente soubesse, eu tentei falar com a mãe, a mãe não quis falar comigo, toda a gente está a tentar denegrir a imagem dela mas podem falar com a diretora de turma, com os professora, com os colegas da Jéssica“, prosseguiu, culpando os pais da vítima pela divulgação do vídeo.

Em defesa da filha, Cláudia reitera ainda que a filha não é “um monstro” e que tudo não passou de “uma brincadeira que correu muito mal. “O menino decidiu atravessar a estrada sem olhar. A minha filha tem mais de 1,75 m, mas é uma criança, tem 13 anos e não podemos considerar tudo bullying, isto é um episódio que correu muito mal, infelizmente“, reiterou.

A mãe de Jéssica fala ainda num episódio anteriror, revelando que os jovens são da mesma turma e que existe um conflito prévio. “A Jéssica teve um episódio um ou dois dias antes em que também lhe tinha dado um murro, mas segundo a Jéssica, e eu acredito, e as colegas poderão testemunhar, o menino é um bocadinho chato, é imaturo, ele é um bocadinho pica miolos, está sempre a chatear, foi a reação dela, não foi por mal…”


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