Traduzir-se de si para si é a tarefa mais difícil. Há quem nunca aprenda a ler a sua própria poesia, há quem a leia só com a linguagem técnica das competências e mesmo quem se compreende e sabe traduzir a sua poesia íntima, tem sempre, pelo menos, um ponto cego, de modo que nem para nós próprios somos tradutores completamente autênticos. Durante um tempo, até ao fim da adolescência, para a maioria e mesmo depois disso, para muitos e muitos, acontece haver quem traduza melhor a pessoa que ela própria, porque aprender a sua própria linguagem e sentido profundo é difícil. Na verdade, é a grande tarefa de uma vida: conhecer-se a si próprio. E assim se vê que tudo vai dar à filosofia 🙂
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