E quando não se gostava dos políticos havia muitas opções. Em 1672 uma multidão furiosa matou o primeiro-ministro holandês e comeu-o...
Andava aqui a investigar o caso de Tolstói, na Guerra e Paz, pôr todos os personagens constantemente a chorar e fui dar com este ensaio muito giro, que estou a ler. Entre começar a procurar e chegar aqui, passei por vários sites. Um deles, conta uma história muito... ... edificante.
Poucos anos depois de Napoleão nascer, em 1672 (é o tempo de Montesquieu, Locke, Francis Bacon), os holandeses, que na época se chamavam, neerlandeses e a Holanda, República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos (Dutch) andavam em guerra com a Inglaterra e a França. O primeiro-ministro era Johan de Witt. Imensos holandeses estavam descontentes com ele e queriam ser governados pelo famoso William de Orange.A Casa de Orange era a coisa mais parecida que eles tinham com uma monarquia. De Witt, um mercador rico, tinha interesses republicanos. A 21 de Junho um assassino esfaqueou De Witt e deixou-o ferido. De Witt demitiu-se do cargo mas os conspiradores queriam mais.
Então, prenderam o seu irmão Cornelius, por traição e levaram-no para a prisão do Hague (agora um museu) e torturaram-no como era costume na época para obter confissões.
Cornelius era um tipo forte e não cedeu. Foi condenado ao exílio. O irmão foi à prisão ajudá-lo a preparar-se para a viagem. À saída umas milícias mataram-nos e deixaram-nos para a multidão.
A multidão, já se sabe, queria um recuerdo da coisa, como era costume: um dente, um olho, uma perna, um braço, qualquer coisa que servisse de troféu. Pois parece que os mutilaram, desmembraram, tiraram-lhes o fígado e comeram.
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