March 05, 2021

Março, mês da poesia - poemas de 'expressão desenfreada'

 


Anne Reeve Aldrich: A Sappho Americana 

Sappho foi a poeta lírica grega antiga, originária da ilha de Lesbos, listada pelos alexandrinos como um dos nove poetas líricos. Lesbos associou-se, em algum momento do século XIX, ao amor sapfio ou lésbico. Aldrich escreveu ela própria alguma poesia erótica, com o seu livro, publicado em 1892, incluindo algum material deste género.

Anne Reeve Aldrich foi uma poetisa e romancista americana. Nasceu a 25 de Abril de 1866, em Nova Iorque, e morreu a 22 de Junho de 1892, também em Nova Iorque. 
Os seus livros publicados incluem The Rose of Flame (1889), The Feet of Love (1890), Nadine and Other Poems (1893), A Village Ophelia and Other Stories (1899) e Songs about Life, Love, and Death (1892). 

Aldrich escreveu uma série de poemas em que parecia profetizar uma morte prematura e depois morreu com a idade de 26 anos.  Aldrich estava tão fraca que não conseguia levantar a sua caneta e assim teve de ditar o seu último poema, "Morte ao Amanhecer". 

Aldrich publicou o seu primeiro volume de poesia, A Rosa da Chama, em 1889; não foi bem recebido - os críticos citaram a sua "expressão desenfreada". Também foi criticada por ter escrito poemas "eróticos", um não-não para mulheres respeitáveis da sua época. Mas ela perseverou, publicando um romance, Os Pés do Amor, em 1890, e parece que estava a trabalhar no seu volume final de poemas, mesmo no seu leito de morte. O seu tio-avô era o poeta James Aldrich.

"Paixão e agonia, uma por causa da outra, são as chaves da natureza e do verso de Anne Reeve Aldrich. Esta mulher é das poucas que mais próximas partilham os humores de Sappho e os seus talentos" ~Springfield Republican.

(the hypertext)


A Song About Singing

O nightingale, the poet's bird,
A kinsman dear thou art,
Who never sings so well as when
The rose-thorns bruise his heart.

But since thy agony can make
A listening world so blest,
Be sure it cares but little for
Thy wounded, bleeding breast! 



Fraternity

I ask not how thy suffering came,
Or if by sin, or if by shame,
Or if by Fate’s capricious rulings:
To my large pity all’s the same.

Come close and lean against a heart 
Eaten by pain and stung by smart;
It is enough if thou hast suffered,—
Brother or sister then thou art.

We will not speak of what we know,
Rehearse the pang, nor count the throe, 
Nor ask what agony admitted
Thee to the Brotherhood of Woe.

But in our anguish-darkened land
Let us draw close, and clasp the hand;
Our whispered password holds assuagement,— 
The solemn “Yea, I understand!


No comments:

Post a Comment