‘Geringonça’ de direita nos Açores com nomeações recorde e família à mistura
Aquele cargo deverá ser ocupado por Deolinda Estêvão, casada com Paulo Estêvão, líder e deputado dos monárquicos nos Açores, que fazem parte da maioria que apoia o governo. “O resultado desse concurso foi antes de este governo tomar posse. E mais: teve 18 na sua prova, uma diferença de quatro pontos para o segundo classificado. Isto é difamar as pessoas, isto é jornalismo de pacotilha”, insiste Artur Lima. Paulo Estêvão sublinha, por sua vez, que a sua esposa “não foi nomeada, ganhou um concurso” e que “a quase totalidade do procedimento decorreu na vigência do governo anterior”. “Ela é minha mulher mas não deixa de ter direito a concorrer a um concurso”, diz ainda, classificando como “absolutamente repugnante” a alegada tentativa de “lançar lodo sobre a [sua] honorabilidade”.
Mas há outra proximidade familiar que agita as ilhas: Catarina Lacerda Martins foi nomeada presidente da Lotaçor — Serviço de Lotas dos Açores no final de janeiro, sendo casada com o deputado social-democrata, António Vasco Viveiros. “Aí na república você tem membros do Governo a nomearem membros do Governo. Esta senhora já foi administradora da Lotaçor, tem um currículo para a área, o marido por acaso é deputado, mas não me parece que seja uma coisa de lesa-pátria”, explica o vice-presidente do governo regional. Há também o caso da nova diretora regional da solidariedade social, Andreia Vasconcelos, que é casada com André Castro, adjunto do secretário regional do ambiente e das alterações climáticas. A depender da mesma secretaria regional estão outros dois nomes: Alvarina Gomes, secretária do Secretário regional das finanças e esposa do diretor regional do orçamento e tesouro, José António Gomes, que transita do anterior governo PS.
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