A não ser que o homem em questão tenha deixado escrita a sua autorização. Caso contrário, a que propósito é que vai usar-me material de um indivíduo que morreu, para gerar filhos à sua revelia? Acho um abuso. Neste caso particular o homem autorizou, mas há casos em que se utiliza o sémen do homem só porque ele tinha amostras preservadas. Só que isso não é suficiente para inferir que o indivíduo quereria, depois de morrer, que gerassem filhos seus. Não falo do caso dos que dão amostras para bancos públicos e anónimos, mas daqueles em que as mulheres deles pedem para usar o material biológico, depois de eles morrerem.
Ângela quer engravidar do marido que morreu. Nova lei pode excluí-la
O caso da mulher que desencadeou o processo poderá ficar de fora se a lei que for aprovada não tiver efeitos retroativos. Alteração está a ser discutida na especialidade.
Antes de morrer, o casal estava em processo de fertilização devido aos "agressivos" tratamentos contra o cancro, levando o homem a fazer a recolha e preservação de sémen no Centro Hospitalar Universitário São João onde estava a ser acompanhado, relatou Ângela à Lusa.
Hugo deixou um documento autorizando-a a continuar o processo naquela instituição ou noutra que o permita fazer. "O Hugo [marido] fez a preservação do sémen antes dos tratamentos porque queria ser pai. Não autorizou a doação para o banco público, fez preservação apenas para uso pessoal", sublinhou.
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