January 24, 2021

Algumas palavras adjectivantes portuguesas funcionam como lixívia política

 


Morreu Carlos Antunes, militante antifascista e fundador das Brigadas Revolucionárias, vítima de Covid-19

Militante antifascista e fundador das Brigadas Revolucionárias não resiste ao novo coronavírus.
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Anti-fascista é uma delas. Fulano de tal era um anti-fascista, diz-se e isso serve para limpar todas as manchas do indivíduo e, ainda fazer parecer que todos os outros cidadãos, a quem não se aplica o carimbo de, anti-fascista, eram todos culpados.

Carlos Antunes, juntamente com a mulher, Isabel do Carmo, outra lavada a lixívia, é bom lembrar, estiveram presos por fazer parte das BR que se dedicavam a assaltar bancos e repartições de finanças e a fazer explodir bombas. As BR ainda ordenaram a execução de José Plácido por ter-se apropriado de parte dos dinheiros dos roubos. Não aplicaram o ditado, 'ladrão que rouba a ladrão...' 

Chamamos a esse tipo de iniciativas, terrorismo, se não foram praticados por anti-fascistas, porque se foram são acções meritórias. Foi deste grupo das BR que saíram as infames FP-25, terroristas que andaram por aí pelo país a assaltar, fazer explodir bombas e a matar pessoas.

"Transportei explosivos, mas o ato final não fiz. Gostava de ter feito" (A médica e ativista Isabel do Carmo) 

Mas pronto, como foi um anti-fascista, não faz mal e só lhes prestam elogios. Aliás, os próprios também se elogiam e dizem ter orgulho no seu passado e quem acha estranho o louvor de ladrões e bombistas, naturalmente que é fascista. 

Estiveram presos e pagaram pelos seus actos e por isso não temos agora, nós país, conflito com eles (bem, um deles morreu agora); no entanto, branquear o seu passado de terroristas e falar só na parte dos anti-fascistas, é típico dos portugueses, nomeadamente os que se reclamam de esquerda, que não assumem nenhum erro histórico. 

Foram todos heróis e as bombas foram bem postas porque é justo matar outros e como não tinham intenção de matar quando disparavam as armas ou explodiam bombas, está tudo bem. 
Os outros quando roubam ou matam são fascistas, logo, bandidos, mas eles quando roubam e matam, são antifascistas e branco mais branco não há.

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