October 16, 2020

Aqui a pensar com os meus botões

 


Vou começar as formações online - hoje é a primeira sessão da primeira. Todas em horário pós-laboral e ao fim-de-semana, como é costume. Este ano, devido a estar aqui encalhada em casa, isso não me faz muita diferença, mas em anos anteriores, chegar a casa, depois de horas de aulas, ir responder a emails, preparar aulas, ver testes e afins e ao fim do dia ter uma formação a entrar bem pela noite dentro é completamente arrasante. Formações pagas, claro, que são obrigatórias mas pagas. Enfim... hoje fui à farmácia. Aldrabaram-me. Só quando cheguei a casa é que dei por isso. Epá, tive que voltar a sair para me ir aborrecer com uma fulaninha que chegou ao mundo antes de ontem a mentir na minha cara enquanto se contradizia toda. Com o enervamento nem vi uma colega que não via há uns tempos e lá estava na farmácia (não é nada do outro mundo porque na minha normal anormalidade acontece-me, sobretudo estando tensa, não reconhecer as pessoas - acho que já uma vez contei que um dia dei de caras com o meu irmão mais velho na rua e não o reconheci e uma vez no Natal perguntei quem era aquela, se era uma prima qualquer afastada e era a minha irmã...) ...enfim, essa colega disse-me que na escola dela há turmas que só têm um professor ou dois e que os alunos quando têm sintomas não dizem nada, por ordem dos pais, para não terem que ficar de quarentena. Alguns vão com febre para as aulas, caladinhos que nem ratinhos. E só se vem a saber porque já depois de estarem bem, dizem a colegas que vão dizer. Portanto, este grande aumento de casos, tem que estar ligado, pelo menos em uma boa parte, à abertura das escolas, nestas condições de rebaldaria, ao gosto da tutela da educação e do senhor Costa.


2 comments:

  1. A palavra de ordem tem de ser a mesma: fechem as escolas!
    Se o fizerem, vão ver que os contágios diminuem....

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  2. Ninguém vai fechar as escolas porque a economia não aguenta os pais em casa outra vez. Compreendo isso. O que não compreendo é o governo, na pessoa do primeiro-ministro, não estar disposto a gastar um tostão com a educação para preparar um ano lectivo prudente e o ministro da educação mais o SE terem andado a assobiar para o lado durante o Verão em vez de fazerem o seu trabalho.

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