Acordei um dia na estrada
olhei para trás com espanto
percebi-me já avançada
não sei como andei tanto.
Sentei-me um pouco a pensar
no caminho percorrido
do que me fez aqui chegar
não percebo bem o sentido.
Sei, não somos irmãos
dos outros não tenho medo
não procuro aprovação
o meu desejo é de credo.
Agora que aqui estou
aceito o que trago às costas
não renego identidade.
Não procuro normalidade
vivo no forro de mim
onde a fome é liberdade
e a noite não tem fim.
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