Aqui está um coitado que precisava de alguma sorte na vida e foi dar de caras com dois assassinos sádicos demasiado broncos para perceber (como aquele polícia nos EUA que assassinou George Floyd, em directo na TV) que estavam a matá-lo. Inspectores do SEF - como podem estes dois homens ter chegado a este cargo? Ou o perfil exigido ao inspector de carreira é o de um assassino ou é a pseudo-meritocracia a funcionar.
Esta notícia dá-nos volta ao estômago. O sofrimento, o medo e a confusão do homem em ser tratado daquela maneira. Vinte minutos a matar um homem ao pontapé só porque... podem. Têm poder e sabem que à sua volta existe um "temor reverencial" pelas suas pessoas por terem uma patente qualquer. São os chefes.
Antes de ontem via-se na TV o primeiro-ministro e a presidente da comissão europeia em conferência de imprensa: o Dr. António Costa e a Ursula... este é um problema muito português. Em Portugal muita fraude e ilegalidade se cometem à conta deste temor reverencial que as pessoas têm por uma patente, um título. E as pessoas que têm os títulos ou patentes incham ao ponto do ridículo, não percebendo que são eles que têm de estar à altura da dignidade dos cargos e não o oposto, com uma vaidade que nem sempre mata directamente, mas às vezes o faz, como neste caso.
Parece-me evidente que algo vai muito mal na carreira e/ou formação das forças de segurança para que assassinos cheguem a inspectores sem ninguém perceber (não são um ou dois) e para que os que percebam tenham tanto medo de os denunciar que prefiram ficar a ver um ser humano ser espancado até à morte.
Um indivíduo está muito bem na sua vida e resolve vir a Portugal e como tem o azar de não ser ninguém de uma elite qualquer matam-no ao pontapé, só porque sim. Isto não é um 'azar da vida' como ser apanhado por um terramoto ou uma doença. Não. Isto é um país que tem tanta corrupção e falsa meritocracia que aqueles que deviam proteger os outros são os que os matam.
Acusação do Ministério Público revela que imigrante ucraniano foi impedido de entrar em Portugal com um pretexto falso e foi espancado a soco, pontapé e bastonada quando estava algemado e deitado. Seguranças não intervieram porque tinham “temor reverencial” dos inspetores. Os três acusados da morte do imigrante tentaram encobrir o homicídio e mentiram a um magistrado.
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Às 8h15 de 12 de março de 2020, e porque Ihor não dava sinais de se acalmar, os inspetores do SEF Laja, Sousa e Silva dirigiram-se à sala. Exigiram à segurança que não registasse a sua presença ali - "você não vai colocar aí os nossos nomes, ok?" - e mal entraram na sala voltaram a algemar Ihor e "desferiram no corpo do ofendido número indeterminado de socos e pontapés". Já com o homem no chão, "também com um bastão extensível, continuaram a desferir pontapés e várias pancadas" enquanto "aos gritos lhe exigiam que ficasse quieto".
"ISTO AQUI NÃO É PARA NINGUÉM VER"
Os gritos chamaram a atenção de alguns seguranças que foram corridos pelo inspetor Laja: "Isto aqui não é para ninguém ver". O espancamento durou vinte minutos. Quando saíram, "deixando o ofendido prostrado", os inspetores exclamaram "agora ele está sossegado" e "isto hoje já nem preciso de ir ao ginásio". O MP diz que o "temor reverencial" dos seguranças impediu que a situação fosse imediatamente denunciada.
Para sermos mais precisos António Costa é licenciado em Direito. Ursula é Doutora porque é médica!
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