Há uma maneira de pensar próxima e outra distante. A maneira próxima é receptiva. É a do estômago. A maneira de pensar distante é defensiva. É a da cabeça. Aprendemos a pensar de um modo abstracto e difuso, como se houvesse um muro de vidro fosco permanente erguido à nossa frente. Aprendemos a ficar do lado de cá do muro até que tudo se torne longínquo e perca realidade. É o modo de sobrevivência. Mas é com desgosto que nos pomos nesse modo. Ele não vem naturalmente, tem que ser forçado. É a vida.
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