Centenas de cientistas exigem à UE que proteja a vida nos oceanos
Mais de 300 cientistas escreveram uma carta ao comissário europeu com a pasta para pedir que proteja as espécies marinhas e acabe com a sobrepesca.
Na União Europeia (UE), pelo menos 38% dos stocks pesqueiros no Atlântico Nordeste e no Mar Báltico estão a ser sobre-explorados; no Mar Mediterrâneo e no Mar Negro essa percentagem é de 87%.
“A sobrepesca reduz a biomassa dos peixes, afecta a biodiversidade, altera a cadeia alimentar marinha e degrada os habitats marinhos. Tudo isto torna o ecossistema marinho mais vulnerável aos efeitos das alterações climáticas”, escrevem os cientistas na carta.
O documento, enviado na semana passada a Virginijus Sinkevičius – comissário europeu para o Ambiente, Oceanos e Pescas -, pede também ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros da UE para acabar com a sobrepesca “como uma resposta urgente e necessária à crise climática e da biodiversidade”.
“Sobrepescar significa tirar mais peixes da água do que os que podem voltar a aparecer e crescer”, lembrou Rainer Fröse do GEOMAR – centro Helmholtz de investigação oceânica em Kiel, Alemanha.
Os cientistas acreditam que “a gestão das pescas baseada nos ecossistemas é crítica para a saúde do oceano e para a sua capacidade de responder às alterações climáticas”.
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