Na minha juventude naveguei pelas costas da Dalmácia. Ilhotas vindas à flor das ondas, onde raro um pássaro pousava atento à presa, cobertas de algas, resvalantes, belas ao sol como esmeraldas. Quando a maré alta e a noite as apagava, velas em contravento volteavam ao longe, para fugir-lhe à cilada. Hoje meu reino é aquela terra de ninguém. O porto acende a outros seus faróis; ao largo me induz ainda o não domado espírito, e da vida o doloroso amor.
~Umberto Saba, Ulisses
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