* Presente: eu sou - software bio-socio-psicológico mais os programas e os templates em uso, os de fábrica e os instalados posteriormente.
* Pretérito Perfeito: eu fui - o passado cartesiano. O que foi. Um arquivo, não morto mas, mal catalogado, com muitas pastas perdidas e outras fora do sítio.
* Pretérito Imperfeito: eu era - inclui o devir e a consciência do devir. Se tiver implícito um juízo do presente, também pode incluir nostalgia, frustração ou, pelo contrário, alivio ou, ainda, negação. Se tiver nostalgia ou frustração envenena o presente.
* Pretérito Mais-Que-Perfeito: eu fora - é um passado do passado. Sem presente nem futuro.
* Futuro: eu serei - há pretérito no futuro. O presente é um futuro do futuro.
* Condicional Presente: eu seria - há passado perfeito ou imperfeito neste tempo.
* Pretérito Imperfeito do Conjuntivo: se eu fosse - há introspecção neste tempo.
* Pretérito do Condicional: eu teria sido - aqui há um futuro do pretérito. Uma projecção de multiverso.
Talvez a satisfação na vida requeira a eliminação dos tempos imperfeitos. São cismantes sem utilidade.
Li há pouco tempo que a satisfação também se obtém de 'coisas' e não apenas de experiências, na medida em que as coisas -seja um gadget, um carro, uma roupa, um livro ou outra coisa qualquer- embora proporcionando uma experiência de felicidade menos intensa e duradoura que uma vivência significativa, proporcionam entradas de satisfação periódicas e duráveis: pequenos prazeres diários, alimento diário imediato. Claro que, se temos experiências significativas frequentes, não necessitamos de 'coisas', mas se não as temos as 'coisas' ocupam o seu lugar. Daí as voragens consumistas.
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