July 12, 2020

Estratégias políticas que não entendo



Estou convencida que o CDS, a seguir este rumo, vai desaparecer para o Chega nas próximas eleições. O PSD vai perder uma grande fatia de eleitorado e o Chega vai crescer à custa destes dois partidos. Como se diz no showbiz, bad publicity is better than no publicity. Deixou de ouvir falar-se no CDS, não sabemos se tem algum projecto, não faz oposição, só fala no Chega. O PSD era um partido que, tradicionalmente, tinha sempre muito lugar nas notícias porque tinha muito debate interno. Havia sempre sociais-democratas discordantes e o partido fazia uma oposição robusta ao partido do governo. Pois agora não se fala do PSD a não ser de vez em quando para noticiar as parvoíces de Rio que fazem mais mossa que os críticos do partido.
Repare-se que apesar do PS dominar a quase totalidade dos meios de comunicação social ao ponto de mandar embora vozes discordantes, o Ventura anda sempre nas bocas do mundo.

Na AR, aquele coitado intelectual e mau exemplo ético que faz de Presidente da Casa pensa sinceramente que está a livrar o país do fascismo que aí vem com o Ventura e adopta comportamentos próprios de regimes autoritários para calar o homem do Chega. Faz uma perseguição tão óbvia ao homem que só lhe arranja adeptos e seguidores.
Nas próximas eleições o Chega vai rapar o prato dos partidos que deviam ser oposição, CDS e PSD, já que os outros da AR estão comprometidos com o governo. O CDS corre o risco de desaparecer ou de, pelo menos, trocar de lugar com o Chega: fica com um deputado sozinho ao lado das cadeiras do Chega que antes eram suas. Não vai ser bonito de ver, mas é o que provavelmente vai acontecer.


Contra a higienização académica do racismo e fascismo do Chega

Enquanto investigadoras e investigadores, defendemos que a produção de conhecimento académico não se coaduna com propósitos de normalização, legitimação e branqueamento de um partido racista e com desígnios antidemocráticos.

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