Não é nenhuma surpresa sermos um país que dá um passo à frente e três atrás. Quem nos governa nunca teve que se virar sozinho em lado algum. Ou é filho de um papá que telefona para arranjar emprego ou matricula-se num partido e faz lá dentro amizades com um padrinho que interessa. É assim que tiram um curso de sociologia e acabadinhos de sair da faculdade são administradores de um hospital ou adjuntos de um ministro ou algo do género com um salário inicial que corresponde ao fim de carreira de maioria dos outros que trabalharam sem papás e padrinhos a pedir tachos. Não admira que esbanjem o dinheiro dos outros: foi o que lhes ensinaram toda a vida. É a monarquia da república.
E o seu poder de comunicação deixa bastante a desejar....
ReplyDeleteIsto é um pântano.
ReplyDeleteNão a conhecia, até no Governo Sombra todos os 3 heróis terem dito que a conheciam e que era competente.
ReplyDeleteAgora que a conheço, posso confirmar que a amizade é inimiga da imparcialidade.
Não estou de acordo com isso. A amizade é inimiga da deslealdade e do desinteresse, por exemplo, mas não da imparcialidade. A amizade não apaga dos nossos olhos as características negativas ou incómodas dos amigos, estamos é mais pré-dispostos a ver essas coisas na complexidade da pessoa em vez de as julgarmos a preto e branco, como fazemos aos não-amigos. Por isso não valorizamos, nos amigos, esses defeitos ou falhas que vemos.
ReplyDeleteNo entanto, nestes casos como os que estão em causa, a intenção é mesmo pôr a família toda e os amigos a mamar do Estado e quanto mais alto melhor, para estarem em posição de puxar outros, como fazem os da maçonaria. Não se trata de julgar que os amigos são mais competentes que os outros, trata-se de não ter escrúpulos: querer servir os seus interesses pessoais mesmo à custa do prejuízo alheio.
É assim que se apresentam nas eleições como servidores públicos enquanto em privado se gabam (e às vezes até em público) de pôr os amigos à frente de tudo e todos. É por isso e não por incapacidade de imparcialidade que os filhos, sobrinhos e amigos acabam cursos e no dia a seguir são logo contratados como grandes especialistas para cargos públicos que têm consequência no futuro do país. Não é cegueira familiar, é mesmo abuso de poder, puro e simples.
Isso de dizerem aos quatro ventos que os apadrinhados são competentes, é prática comum desta gente: não só dão os cargos aos filhos, primos e amigos, como mandam os jornalistas sicofantas escrever um artigo de página inteira num jornal nacional a fazer-lhes o elogio para influenciar a opinião pública a seu favor, antes mesmo de prestarem provas no cargo. É uma cunha do género, ‘põe lá aí o meu filho que ele acabou o curso e quer um emprego e já agora faz-lhe uns elogios públicos para ele se sentir bem’, só que em vez de ser privada, é descaradamente pública e todos nós a pagamos, em dinheiro e em géneros.
Que os próprios elogiados não tenham vergonha destes elogios em jornais a pedido do papá ou do padrinho diz muito sobre a sua postura. Estes casos fazem sempre lembrar-me um episódio do show dos marretas em que a miss Piggy, como sabe que canta mal e tem que cantar em público, paga a toda a assistência para lhe bater palmas entusiasticamente.