April 17, 2020

Adorei esta crónica. Um fino humor cheio de alfinetadas



O dia em que Lobo Antunes disse desconhecer Luis Sepúlveda

Helena Teixeira da Silva

No palco, o cruzamento fazia-se entre o escritor chileno e o português António Lobo Antunes. Era o ano de "O que farei quando tudo arte?", décimo quinto romance do futuro pretérito Nobel, fresco no mercado. [adorei a qualificação kkk]

Em privado, com a elegância que se lhe conhece, [lindo kkk] Lobo Antunes justificava o comportamento com o desconhecimento. "Não sei quem é o Sepúlveda. Há uma grande diferença entre os escritores e as pessoas que escrevem livros."
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É preciso desculpar o Lobo Antunes. Gosto imenso de lê-lo, embora não tenha lido, nem metade do que escreveu. Algumas crónicas que escrevia no Público são notáveis e uma delas -Os Meus Domingos- uso-a muitas vezes nas aulas. Dito isto, acrescento que toda a gente sabe que o homem não tem uma data de parafusos enroscados, de vez em quando diz enormes bacoradas e está convencido que é Deus ou, pelo menos, habita a estação logo abaixo, mania que lhe terá ficado, quem sabe, de algum doente psiquiátrico.

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