Estas dicas também servem para o ensino presencial, excepto a primeira e a última. Podemos, no ensino presencial, fazer tudo o que fazemos à distância, mas com mais profundidade, abrangência e complexidade. Já o ensino à distância não permite fazer tudo o que se faz presencialmente, só uma porção e, sempre mais simples e superficial.
1. Ficar pelo essencial
- Em vez de abordar imenso conteúdo, sobretudo se for novo, é melhor concentrar-se em consolidar o que já foi aprendido. A aprendizagem que não se reforça, não se repete, é esquecida. É só lembrarmo-nos como os alunos vêm depois das férias de Verão.
2. Contextualizar
- Indique claramente o que devem aprender e qual é o encaixe desta aprendizagem no contexto maior. Se os alunos estão a construir, temos que dar-lhes andaimes conceptuais para se moverem de uns conteúdos para outros sem lacunas e também âncoras para segurar os conhecimentos.
3. Fazer a ligação com os conhecimentos anteriores.
- Para dar um continuidade à aprendizagem e fazer com que lhe compreendam o sentido global. Ainda, forneça os locais onde podem ir buscar os conhecimentos anteriores se já os esqueceram, para poderem recuperá-los e integrarem com os novos.
4. Indicar claramente os objectivos das tarefas e os critérios do sucesso em cada matéria.
- Aquilo que parece muito claro ao professor nem sempre é claro para os alunos.
5. Se possível, exemplifique previamente a resolução de um exercício.
- Isto é o mais difícil de fazer-se à distância, mas é uma parte essencial do ensino, porque nada substitui eles verem o professor a resolver a tarefa, passo a passo, e a explicar a lógica/utilidade/importância de cada passo para alcançar o objectivo. Mostre se existem caminhos alternativos e incite à exploração desses caminhos, sempre que possível. Isto é uma estratégia absolutamente essencial no início de uma matéria nova que exige uma metodologia que lhes é desconhecida.
6. Dar apoio e feedback
- A maioria dos alunos leva tempo a compreender conceitos e metodologias novas e precisa de apoio, pelo menos no início de uma nova aprendizagem. Prepare tempos de esclarecimento de dúvidas, perguntas e respostas, etc. Dê feedback: o que foi bem construído e porquê, o que foi mal construído e porquê.
7. Dar aos alunos tarefas que obriguem a activar as aprendizagens.
-Não apenas dar exercícios de consolidação mas expandir a aprendizagem com questões: o quê, como, porquê?
8. Não apresentar novos conteúdos em uma sessão apenas.
- Mais vale várias sessões curtas com consolidação que sessões longas sem consolidação.
a partir de, ‘Lessons for Learning’, uma colaboração entre, Tim Surma, Kristel Vanhoyweghen, Dominique Sluijsmans, Gino Camp, Daniel Muijs e Paul Kirschner. Lido no blog deste último.
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