E se a Europa não é capaz de liderar este processo cooperando ou se a sua solução for criar um euro de 1ª e um de 2ª então os ingleses tinham razão nos argumentos e medos que os levaram a sair e mais vale sairmos nós também, países do Sul, e fazermos uma petite UEPS (união europeia de países do sul), do que sermos eternos escravos e fornecedores de mão-de-obra fértil e formada para usuários.
A nível europeu e a nível planetário:
Precisamos de mais, não menos, cooperação.
Precisamos de mais, não menos, saúde.
Precisamos de mais, não menos, justiça.
Precisamos de mais, não menos, educação.
Precisamos de mais, não menos, empregos estáveis.
Precisamos de mais, não menos, famílias capazes de sustentar-se sem ter de emigrar.
Precisamos de mais, não menos, pequenas empresas e pequenas indústrias.
Do que todos vemos que não precisamos são 70 ministros e secretários de Estado; dezenas de banqueiros parasitas, sociedades parasitas de advogados e muitos outros que sugam os dinheiros públicos.
E precisamos de muitas vozes críticas. Precisamos de oposição nas democracias. Lá por estarmos com uma crise de saúde pública daí não se segue que a oposição tenha que calar-se e não ser vigilante em relação ao que se decide e faz, justamente neste momento em que estamos fechados e absorvidos pela crise que é quando os aproveitadores, aproveitam. Falta de patriotismo é o oposto de ser crítico: é ser cúmplice pelo silêncio, pela inacção e pela incúria. Os políticos são curadores. Curem.
Quando elegemos líderes políticos, seja internamente, seja a nível europeu ou mundial, aqueles que estão à frente de organizações e instituições e cujas decisões tem, sobre nós, poder de vida e de morte, temos de pensar seriamente se essas são as pessoas que queremos ter à frente dos nossos destinos numa crise grave, como a que agora temos.
Se pensassem nisso, tinham votado em Trump, no Boris Johnson? Alguém tinha deixado a UE ter grupos como o Conselho Europeu e outros, que decidem sobre as nossas vidas sem escrutínio?
Temos que desenhar outros modos de escrutínio das pessoas a quem damos poderes de vida e de morte. Sim, de vida e de morte. As decisões de fazer cortes na saúde, por exemplo, são decisões que agora custam vidas e desde logo aos que lá estão para tratar dos outros. Não é um assunto despiciente.
E todos os que nas escolas, alunos e professores que não têm meios para ter, sequer um computador com internet, têm as vidas encurtadas por falta de oportunidades e de meios de progredir.
É preciso preparar um mundo pós-pandémico ou havemos de padumar gravemente.
Preparing for a post-pandemic world
by Fahd Humayun
... the pandemic will likely demonstrate that a world without safety nets, cooperation and deep cross-border engagement is no longer tenable. Leaders and electorates will have to answer tough questions about why they were caught unprepared, and the sustainability of a planet dictated by climate deniers and political chauvinists whose ascent to power has been enabled by a tradition of misrepresentation, manipulation, and misinformation.
Pena a França ter no momento um Macron...
ReplyDeleteA França tem um Macron, a Inglaterra um Boris, a Rússia um Putin, os EUA um Trum, o Brasil um Bolsanaro, a Turquia um Erdogan, a Arábia Saudita um assassino, a China um Xi Jinping... mesmo a Alemanha tem uma Merkele que tem sido cúmplice destas políticas todas de economia mercenária, apesar de ser diferente dos trogloditas atrás citados... é o que há.
ReplyDeleteReferia-me à construção da alternativa Estados Unidos do Sul...
ReplyDeleteAh, não tinha percebido, mas não me parece que a França quisesse fazer parte de uma liga de países do sul.
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