Mary Shelley era filha de dois vultos intelectuais, William Godwin, um pensador político e Mary Wollstonecraft, a famosa pensadora e escritora feminista. Órfã de mãe desde tenra idade foi educada pelo pai de um modo pouco vulgar à época, quer dizer, não foi uma educação do que se considerava ser apropriado para raparigas, que muito contribuiu para a formação da sua identidade, enquanto pessoa e literária.
Toda a gente conhece Frankenstein, a sua obra que aborda o tema do materialismo e do que viria a chamar-se, o cientismo, mas nem todos conhecem, O Último Homem, uma novela que se passa no final do século XXI e retrata o Ocidente devastado por uma peste que se alastrou ao mundo inteiro e não poupa ninguém.
Em Inglaterra, o político Protector, impreparado para lidar com uma tal calamidade, foge para o Norte onde acaba por morrer sozinho no meio de uma açambarcamento absurdo de provisões.
A Inglaterra é invadida por hordas de vândalos americanos em fuga da peste que pilham tudo e criam seitas religiosas que dizem ir salvar a humanidade.
Os heróis da novela, dos quais só um sobrevive -o último homem- procuram um clima mais favorável à vida no continente europeu e deambulam entre a Suíça e Itália na esperança de o encontrar, o que não acontece.
Na novela, a medicina está muito atrasada e quando produz uma vacina -vê-se que ela está a par dos últimos avanços científicos nessa área- é já tarde demais.
Para quem quiser ler este clássico de uma grande escritora, pode fazê-lo, gratuitamente, aqui:
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