February 22, 2021

Muito está por contar acerca da guerra do ultramar



Um testemunho impressionante de um guineense traído por nós.


Comandos Africanos: “Os portugueses traíram-nos, fomos abandonados sem piedade”

Mário Sani é um dos mais de 600 Comandos Africanos das Forças Armadas portuguesas na Guiné que Portugal abandonou à sua sorte, depois de a colónia que explorava ter conquistado a independência.
Por Sofia da Palma Rodrigues.


O “crime” que Mário cometeu foi ter integrado, em 1971, a primeira Companhia de Comandos Africanos das Forças Armadas portuguesas na Guiné.
...
Com as independências e a retirada das tropas metropolitanas de África, os africanos que incorporaram o exército português foram deixados para trás pelo país ao qual juraram fidelidade; e considerados traidores de raça e de classe pelas novas ordens políticas. Enquanto em Angola a maioria acabou assimilada pelas tropas locais, em Moçambique se constituíram Comissões de Verdade e Justiça e foram feitos pedidos de desculpa públicos, na Guiné-Bissau estes homens foram perseguidos, torturados e fuzilados.

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