Fui à rua comprar umas mercearias. Encontrei uma amiga que mora aqui. Contou-me que a nora veio com a mãe passar umas férias a Portugal (o filho trabalha em Inglaterra) - apanhar sol. Ficaram em casa dela. Como a mãe da nora estava com uma depressão terrível do género incapacitante, ela agarrou na senhora e levou-a aqui ao HLS, à urgência. Disse à médica que as atendeu que a senhora precisava de algum tratamento ou de medicação - a minha amiga tem um doutoramento em biologia numa especialidade ligada às doenças transmissíveis a humanos. Percebe alguma coisa de medicamentos. Seja como for, a médica fez-lhe umas perguntas (à mãe da nora), observou-a e depois disse, 'sim, isto pode ser uma depressão ou podem ser outras coisas. Vou pedir para lhe fazer uma TAC agora mesmo'. Vem de lá o resultado da TAC: glioblastoma. Difuso - o que quer dizer que nem sequer é um tumor que se possa tirar. Não que isso faça grande diferença neste tipo de cancro. Enfim... dá que pensar.
Perguntei logo o nome da médica. Não é todos os dias que se encontra um médico com tão bons instintos.