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August 23, 2024

O fascismo das minorias mascarado de inclusão



Não cabe à DGS definir categorias de identidade para a população ou para a humanidade. Se há pessoas que são transgénero, que se identificam com homens mas nasceram mulheres biológicas e por isso têm menstruação, então incluam-nas com o nome científico apropriado: mulher-trans ou transgénero que menstrua. Portanto, o certo é dizer, mulheres e transgéneros que menstruam e não apagar as mulheres não-trangénero do mapa da existência ou reduzi-las a um processo de menstruação. Se a questão é a saúde, então interessa saber se as pessoas são mulheres ou se são transgéneros porque estas pessoas têm disposições físicas e psicológicas diferentes e o que não interessa é reduzir as pessoas a um processo de menstruação, e apagar as mulheres da existência, só porque há pessoas revoltadas por terem nascido XX e não XY. E não podem ser meia dúzia de transgéneros a decidir para todos, questões de taxonomia científica. O critério da objetividade científica não é uma questão de conforto emocional de um grupo de pessoas. A ideia de que, ou a lingugem é neutra ou é não-inclusiva é uma falsa dicotomia. A linguagem pode muito bem ser inclusiva e não ser neutra. E a linguagem neutra não tem que neutralizar as pessoas, apagá-las. Incluir é acrescentar ao grupo, não apagar o grupo ou desvirtuá-lo.


Menstruação. CDS distancia-se do Governo e avança com requerimento

O termo ‘Pessoas que menstruam’ usado numa campanha da DGS foi apoiado pelo Governo por ser ‘linguagem neutra do ponto de vista do género’ mas ‘obrigou’ o CDS a distanciar-se, alegando ser matéria que não estava incluída na coligação.

Para já, o ministério da Saúde tem remetido explicações para a DGS. Jorge Salgueiro Mendes, o chefe de gabinete de Ana Paula Martins, explicou que «a Direção-Geral da Saúde é um organismo técnico-normativo, dotado de autonomia técnica, que tem como missão a promoção e proteção de saúde de todos os cidadãos e o estabelecimento de referencias para a prestação de cuidados da saúde com qualidade e adaptados às necessidades de toda a população», dando ainda nota que a «situação não se trata de uma campanha, mas sim de um estudo para diagnóstico de situação sobre a situação menstrual em Portugal».

Também a psicóloga Gabriela Moita admite que o termo ‘pessoas que menstruam’ é usado em toda a documentação internacional e explica a razão: «Há muitas pessoas que menstruam e não se consideram mulheres» e ao nosso jornal acena com uma linguagem inclusiva. «É o termo que integra toda a gente, a questão é aceitar ou não aceitar que as pessoas tenham diferentes autoafirmações de si.